Dia Municipal da Consciência Negra é celebrado na Câmara de Ubá
A Câmara Municipal de Ubá e a Associação Cultural de Combate à Discriminação Racial Solano Trindade (AST) com apoio da Superintendência Regional de Ensino (SRE) e Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), realizaram no dia 17 de novembro, uma sessão solene cultural para celebrar o Dia Municipal da Consciência Negra.
O Dia Municipal da Consciência Negra, comemorado também a nível nacional no dia 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, reforça a busca por ampliação de políticas afirmativas, igualdade de oportunidades e respeito pelo passado e presente do povo negro.
A sessão solene foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Ubá, vereador José Roberto Reis Filgueiras, e contou com a presença dos vereadores: José Carlos Reis Pereira, José Damato Neto e José Maria Fernandes.
Além deles, prestigiaram o evento, o prefeito Municipal de Ubá, Edson Teixeira Filho; a coordenadora Geral da Associação Cultural de Combate à Discriminação Racial Solano Trindade (AST), Angela Teixeira de Paula; a Secretária Nacional de Gestão da Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Igualdade Racial, senhora Iêda Leal de Souza, o assessor da Deputada Dandara, Marlon Marques, o servidor da Superintendência de Ensino de Ubá, Edimar Lopes, o coordenador da Defensoria Pública da Comarca de Ubá, Dr. Guilherme Barquette Fernandes, representando a OAB de Ubá, Dr. André Luís da Silva Gomes, a presidente da Associação Comercial e Industrial de Ubá, Izabel Vieira Guimarães, e o doutor em Direito, Instituições e Negócios, Rafael Bitencourt Carvalhaes.
A solenidade deste ano prestou homenagens as seguintes pessoas: Cláudio Davi Gomes, Jardel Lucio de Castro Almeida, Maria da Glória de Oliveira Silva, Robson Bernardo Silveira e a Roseli Ribeiro.
José Augusto David, conhecido como Thuru David saudou aos presentes em nome da Associação Cultural de Combate à Discriminação Racial Solano Trindade (AST) lembrando a importância da data para a comunidade negra e contou também a história da AST.
Os convidados foram recepcionados com a bela apresentação do Grupo de Capoeira Garra Mineira. A apresentação do Hino Nacional, do Hino de Ubá e da música Aquarela do Brasil, foram executados pelo maestro Wantuil Alexandre, ao saxofone, e pela musicista Tatiane Andrade, ao teclado, além de uma apresentação da talentosa Lorena Bernardo Lourenço, que apresentou a música: "Sorriso Negro", acompanhada por Esther Silva de Oliveira, Helena Silva Oliveira e Ana Clara França da Silva.
O grupo Senzala também abrilhantou o evento com a apresentação de maculelê e capoeira, com o mestre Tarcísio, a mestre Tida, o mestre Luiz Claudio e a mestre Lilica, além de uma enriquecedora palestra com o doutor Rafael Bitencourt Carvalhaes, sobre políticas públicas para o enfrentamento ao racismo.
No contexto da celebração do Dia Municipal da Consciência Racial, a Superintendência Regional de Ensino de Ubá, em parceria com a Associação Cultural de Combate à Discriminação Racial Solano Trindade, realiza, desde 2015, um concurso de redação nas escolas estaduais do município, que tem a finalidade de estimular a escrita e aguçar o senso crítico dos alunos em relação ao tema proposto no ano, dando a dimensão da importância do debate sobre o combate ao preconceito e a discriminação racial em sala de aula e na sociedade.
Foi realizada a premiação dos três primeiros colocados: Em 1º lugar ficou a estudante Maria Laura Romanholi Silveira, do 9º Ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Coronel João Ferreira de Andrade. Na entrega do certificado ela foi representada pela sua professora Gláucia Maria da Silva Anacleto. Em 2º lugar a aluna Letícia Cruzato Silva, do 2º Ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dr. Levindo Coelho e em 3º lugar a aluna, Anna Laura de Freitas Garcia, do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Padre Joãozinho.
O prefeito de Ubá, dr. Edson Teixeira Filho, enalteceu a parceria de muitos anos entre a AST e o município e parabenizou os homenageados.
Em sua fala o Presidente da Câmara Municipal de Ubá, vereador José Roberto Reis Filgueiras, afirmou que Poder Legislativo Ubaense se sente honrado em realizar este evento. “Esta data é uma oportunidade de refletirmos sobre a importância da luta pela igualdade e o combate à discriminação racial, e de homenagear todos aqueles que se dedicaram e ainda se dedicam a essa causa. A história da população negra no Brasil é marcada por séculos de opressão e sofrimento. No entanto, ao longo dos anos, muitos líderes negros se destacaram na luta por justiça e igualdade, inspirando outros a seguir seus passos. Somos fruto de uma cultura rica, festiva e plural. É importante que continuemos a trabalhar para construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos tenham as mesmas oportunidades e possam viver sem medo de discriminação ou opressão. É preciso reconhecer e valorizar a diversidade cultural e racial que enriquece nossa sociedade, e não permitir que a intolerância e o preconceito prevaleçam”, destacou José Roberto.
Em seu discurso, José Roberto parabenizou os agraciados e agradeceu o palestrante Rafael Bitencourt Carvalhaes pela abordagem do tema: políticas públicas para o enfrentamento ao racismo. Agradeceu também à Associação Cultural de Combate à Discriminação Racial Solano Trindade pela realização desta sessão solene junto ao Poder Legislativo, e também a parceria da Superintendência Regional de Ensino de Ubá e a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), polo de Ubá.
A LEI
Esta homenagem originou-se do Projeto de Lei nº 37, de 1997, de autoria do vereador à época Fernando Antônio Fagundes Reis, juntamente com o vereador Paulo Cézar Raymundo, sancionado pelo então Prefeito Narciso Paulo Michelli, que o transformou na Lei Municipal nº 2.736, de 2 de julho daquele ano. Em 2019, o vereador José Roberto Reis Filgueiras apresentou uma alteração nesta lei passando o nome de Dia Municipal da Consciência Racial para Dia Municipal da Consciência Negra. O intuito da lei é deixar registrada, como data cívica em nosso Município, o dia dedicado ao herói Zumbi dos Palmares e, assim, ressaltar a importância da difusão dos movimentos sociais populares, em especial os vinculados aos trabalhos da conscientização racial.