“É um projeto de segurança pública muito importante para a cidade”, destaca juiz sobre o “Olho Vivo”, em reunião na Câmara

O juiz de Direito da Vara Criminal, da Infância e da Juventude da Comarca de Ubá, Dr. Nilo Marques Martins Junior, participou da reunião ordinária da Câmara Municipal no dia 07 de junho, convidado por meio da Representação nº 41/21, para tratar sobre o funcionamento do Projeto Olho Vivo.

O projeto consiste no videomonitoramento de imagens geradas por câmeras estrategicamente distribuídas e constitui-se como uma ferramenta importante para a prevenção e repressão de criminalidade na cidade. Conforme Dr. Nilo, o Olho Vivo já está instalado em Ubá há alguns anos. “Temos 35 câmeras distribuídas pela cidade e todas as entradas de Ubá são monitoradas, bem como a região central quase que integralmente”, disse.

Porém, Dr. Nilo informou que recentemente tem havido problemas quanto à manutenção do pagamento dos monitores. “Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e a Polícia, se uniram para a implantação do projeto, mas acho que o Executivo atualmente não está considerando a importância do Olho Vivo”, ponderou. O juiz destacou também que, no mínimo metade das sentenças de sua área contam com ajuda determinante de imagens registradas pelas câmeras do Olho Vivo.

Por fim, o convidado fez um apelo aos vereadores para que intercedam junto ao prefeito por mais empenho na manutenção deste projeto de interesse social. “Antigamente, a gente tinha o policial no bairro que andava por ali, e todos nós moradores conhecíamos. Hoje temos dois problemas: a falta de policiamento local e número reduzido de viaturas. E o projeto Olho Vivo ajuda a sanar essas deficiências, estando ‘presente’ onde a polícia não estiver no momento”, ressaltou.

E sobre o trabalho dos monitores, Dr. Nilo enfatizou ainda: “Ano passado tivemos problemas com a questão de contratos de manutenção e de pagamentos de monitoração. Hoje o Projeto nos proporciona no máximo 40% da capacidade que possui. A gente tem uma demanda por monitores. São praticamente 40 câmeras para cinco monitores, o que é muito pouco, no mínimo 25 delas ficarão ociosas, pois cada um dá conta de verificar no máximo 5 câmeras que cabem no monitor da TV”, concluiu.

Presídio

Na oportunidade, o juiz também solicitou empenho da Câmara junto ao Poder Executivo para a conclusão da obra do presídio de Ubá. “A unidade comporta 110 presos e temos hoje 400. Além disso, precisamos retirar o presídio do centro da cidade. A obra está quase 80% terminada, mas deveria ter acabado há 5 anos e nada sai”.

A Representação que convidou Dr. Nilo para comparecer à Câmara é de autoria da vereadora Jane Cristina Lacerda Pinto, apoiada pelos vereadores José Damato Neto, José Carlos Reis Pereira e Célio Lopes dos Santos.

 

Por Gisele Caires e Danúbia Mota

Jornalistas CMU

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